Pertencemos a uma geração extremamente consumista!
A nossa sociedade baseia-se no princípio do “usa e deita fora”. É comum ouvirmos, quando algo se estraga, “não há problema, compra-se outro”.
Quem é mais ou menos da minha idade, com certeza, passou por uma fase onde tudo se reutilizava. As roupas passavam por todos os irmãos e primos da família. Quando se rompiam, usavam-se remendos! Usávamos guardanapos e lenços de pano, tínhamos um saco de tecido para ir comprar pão, os bebés usavam fraldas de pano e era impensável usar o que quer que fosse por apenas 1 ou 2 minutos e depois deitar fora.
Cozinhava-se tudo em casa e praticamente não havia desperdício ou alimentos processados. Em muitos locais os legumes, fruta, carne, ovos e leite vinham directamente dos seus próprios terrenos.
Tínhamos brinquedos, embora muito menos do que têm actualmente as nossas crianças, mas mesmos esses também passavam pelos vários elementos da família.
Entendo perfeitamente que o boom dos plásticos e dos descartáveis veio, aparentemente, facilitar a vida dos nossos pais e eles aderiram em massa. Nós crescemos assim e habituamo-nos a viver desta forma. Mas passados estes anos começamos a ouvir falar de problemas como a depleção da camada do ozono, da poluição e contaminação de águas e solos, no aquecimento global e consequentemente do degelo e da seca, dos animais em vias de extinção, das novas doenças e do stress.
Se por um lado, a evolução da indústria dos plásticos nos trouxe uma melhoria da qualidade de vida e a revolução da tecnologia e indústria, por outro lado trouxe-nos um problema que a nossa geração tem que tratar… e o quanto antes! Cabe-nos a nós deixarmos um legado às futuras gerações com qualidade.
Quem não se lembra de estar na praia dias inteiros sem usar protector solar e nunca ficar com escaldões, de tomar banho em rios, onde hoje nem os pés podemos molhar, de passear em florestas e montes que hoje já nem existem, de comer fruta directamente das árvores, de ver pirilampos nas noites de verão, de ser impensável alguém não saber andar de bicicleta? Era tão bom!
Claro que as gerações mais novas também são felizes, à sua maneira, mas eu tento ensinar aos meus filhos que devem respeitar a Natureza e a não desperdiçar os recursos naturais.
A questão do plástico preocupa-me muito. Obviamente não pretendo acabar com o plástico! Ele é útil para muitas coisas que uso diariamente mas há muito plástico que efectivamente eu não preciso e é aí que eu tento reduzir a sua utilização.
Não vou deixar de usar um computador, um telemóvel ou uma simples esferográfica porque é feita de plástico mas posso deixar de usar garrafas, copos e palhinhas de plástico descartáveis. Posso reutilizar os sacos que utilizo para ir às compras, posso minimizar as embalagens que compro e essencialmente posso evitar usar objectos que vão directamente para o lixo depois de os usar por um muito curto período de tempo.
Aqui no blog já deixei algumas alternativas que arranjei para substituir alguns plásticos e em breve mais partilharei.
- Por uma cozinha mais sustentável – Esponjas e escovas natural e biodegradáveis
- Alternativa aos copos de café descartáveis
- Escovas de dentes em bambu
- Alternativa à película aderente
- Reforçar os sistema imunitário com respeito pelo ambiente – Palhinhas em bambu
- Iogurteira natural – Fazemos os iogurtes em frascos de vidro
- Horta e compostagem – Usamos produtos que cultivamos e reduzimos a quantidade de lixo
- Onde faço as minhas compras – parte I – Compras a granel
- Onde faço as minhas compras – parte II – Compras em mercados biológicos
- Nozes de saponária – Duram muito tempo, são biodegradáveis e não são embaladas em plástico
Quem quer também minimizar a quantidade de descartáveis plásticos que usamos, que tanto contaminam os nossos solos e principalmente os nossos oceanos, e para os quais temos alternativas válidas?
Conto com vocês!
Como eu a entendo!! Cá por casa também tendo fazer isso, mas como moro numa cidade no interior da pais, é muito dificil conseguir encontrar por exemplo um mercado a granel. Tenho a sorte de tantos os pais como os sogros têm hortas e por isso os legumes são caseiros. Mas concordo quando diz que vivemos numa sociedade de plástico. Usa e deita fora. Onde isto vai parar?! http://mynaturaliving.blogspot.pt/2017/11/aproveitamento-de-legumes-caldo-legumes.html
Olá!
Ainda não tem lojas com produtos a granel mas tem a sorte de ter produtos directamente da horta 😉
Beijinhos