Até me custa a acreditar que já passou 1 ano desde que a Mafalda nasceu. Como o tempo passa a voar! Este 1º aniversário fez-me recuar no tempo e reviver novamente o grande dia de há um ano. Grande mesmo… foi o dia mais angustiante e também o mais feliz de toda a minha vida.
Pensei muito se publicava este artigo ou não mas o facto de as últimas semanas terem sido fantásticas, aqui no blog e o facto de ter alcançado o 1º lugar da categoria Ambiente e Natureza, da plataforma Blogs Portugal, deu-me a coragem que me estava a faltar e resolvi partilhar este episódio tão nosso com todos os que seguem o blog e me dão tanta força para não parar, mesmo quando estou exausta.
Não querendo ser exemplo para ninguém, nem querendo que ninguém passe pelo que eu passei, há sempre um lado bom e é a esse que nos devemos agarrar! Pelo menos eu tento! É um artigo demasiado longo mas quando é o coração a falar não há como resumir.
A gravidez
Tal como da primeira vez adorei estar grávida. Dizem que as gravidezes são todas diferentes e comigo também foram.
Na 1ª tinha acabado de ficar sem emprego, depois de 3 anos a trabalhar intensamente mais de 10h por dia. Aproveitei para descansar e correu tudo lindamente.
Na 2ª estava a trabalhar e só por isso foi logo diferente. Aquele primeiro trimestre, com o sono a apertar, custou-me um bocado.
Nesse trabalho fazia imensas viagens, as diárias de Braga para o Porto (e regresso), mas também tinha que ir para Lisboa e arredores ou até Bragança. Andava num ritmo super acelerado e no inicio do 2º trimestre fiquei cheia de contrações fortes e o médico disse-me que tinha que abrandar. Resisti… na altura estava em auditorias e eu era a responsável. Não podia não estar (achava eu). Continuei nessa loucura até que o meu corpo me impôs a paragem. Segundo o meu médico, o meu corpo estava a berrar “pára, mãe!”.
Assim o fiz e imediatamente fiquei bem. Passei a conseguir dormir e descansar.
Aproveitei imenso o tempo, que passei a ter, para estar com o meu filho e ver crescer a minha barriga de uma forma saudável e bonita!
Preparei tudo ao pormenor para a chegada da Mafalda, para ser recebida como uma verdadeira princesa muito desejada mas com o cuidado de pensar o que seria melhor para o Manel, para que não tivesse ciúmes.
Digo-vos que cheguei até ao ponto de “obrigar” o meu irmão a adiar uma viagem de trabalho para a China, para ficar a apoiar o Manel na altura do nascimento da irmã!
O Enorme Dia da Angústia e da Felicidade
Como o parto, por questões de saúde, teve que ser cesariana, à partida, sabíamos quando ela ia nascer.
Na véspera, tal com havíamos planeado, metemos TUDO no carro e rumamos para o Porto, onde íamos ficar nessa noite, uns dias depois de termos alta do hospital e onde ia ficar o Manel, com os avós, nas 3 noites que eu tinha que ficar internada.
Durante esse dia, o Manel queixou-se que lhe doía o pescoço mas desvalorizamos.
Na viagem, com o carro atulhado de coisas, ele diz que está mal disposto e lhe doí imenso a garganta. Por momentos acreditei que ele estava a sentir a minha ansiedade mas achei estranho ele queixar-se. Raramente o fazia.
Tínhamos acabado de sair da autoestrada quando ele decreta: “Vou gumitar!” Olho para trás enquanto o meu marido tenta parar o carro e era verdade… já o tinha feito. Tudo estava coberto de vomitado. Ele, a cadeirinha, o kit para as células estaminais que ia debaixo do banco dele, as malas e sacos que estavam no banco… um cenário daqueles que dá vontade de fugir!
Pensamos que podia ser pelo facto de ter iniciado as aulas de natação na véspera e pudesse ter engolido muita água da piscina.
Continuamos a viagem, com ele já sem roupa e ao meu colo. Ainda lhe saiu um “É proibido andar à frente e sem cinto, não é?”, ao qual lhe respondi “Sim, mas estamos a chegar e é uma excepção!”.
Nessa noite teve febre, o que não acontecia há mais de 1 ano. Escusado será dizer que não dormi nada, desta vez não por ter medo da operação mas porque estava preocupada com ele.
No dia seguinte tínhamos que estar às 08;30 no hospital. Levantei-me bem cedo e ele, com febre, não conseguia mexer bem o pescoço. Fui tomar um banho para ele não me ver a chorar. Estava em pânico! Não sabia o que fazer. Ela tinha que nascer e eu não podia mesmo entrar em trabalho de parto porque era perigoso para mim. Já tinha passado as 39 semanas de gestação.
Só me apetecia acordar daquele pesadelo e não podia transparecer este terror para o Manel.
Deixei-o, sem dizer onde ia e entrei no carro a chorar.
Telefonei à pediatra que me disse que ia mais cedo para o ver. Tentou acalmar-me e dizer-me que, pelos sintomas que lhe descrevi, podia ser papeira.
Por momentos achei que ia chegar ao hospital e dizer ao meu médico que a Mafalda não podia nascer.
Cheguei lá e estavam os enfermeiros à minha espera (escusado será dizer que cheguei super atrasada), todos bem dispostos! Eu só falava do meu problema. Começam logo, sem eu ter muito tempo para pensar, a preparar-me para ir para o bloco.
Na minha mente eu ainda ia fugir dali e cuidar do meu pequenino, mas não, estava ali e ninguém me deixava ir embora.
O meu médico veio falar comigo e insistiu para não adiar, pelo bem da minha saúde. Cedi e lá fui eu.
Entrei no bloco e mais uma vez tinha uma equipa fantástica e amorosa e tentar animar-me e a “ralhar-me” por não estar a viver aquele momento, por não estar a pensar na minha bebé que estava prestes a chegar. Era verdade… respirei fundo e confiei nas minhas estrelinhas que me guardam e comecei a pensar na Mafalda. Tudo ia correr bem!
Bem-vinda Mafalda
O parto correu muito bem e rapidamente ela estava cá fora. Tinha nascido a minha bebé!
Vi-a ainda nas mãos do médico e fiquei emocionada como nunca pensei ficar. Rapidamente o pai trouxe-a, já vestida e enrolada em mantas. Era linda e perfeita. Tinha os olhos bem abertos como se estivesse à nossa procura e ficamos ali os 3, colados, a conhecermo-nos. Foi lindo… jamais esquecerei!
Quando fomos para o quarto e ao contrário da outra vez, não tinhamos ninguém à nossa espera. Estavam todos com o Manel, que estava a sair do mesmo hospital onde nós estávamos, com papeira confirmada pela pediatra. Não podia ver-me, nem à irmã acabada de nascer, durante cerca de 1 semana, por causa do risco de contágio.
Estava super feliz com a chegada da Mafalda mas com o coração partido por o Manel não lhe poder pegar como ele tanto desejava, para lhe dar as boas vindas.
Depois de muito ponderar, optamos por não lhe contar que a irmã já tinha nascido, para ele não ter que lidar com essa frustração que lhe iria causar uma grande ansiedade. Dissemos-lhe que a mãe tinha ido trabalhar para fora uns dias…
Tudo o que eu tinha imaginado não ia acontecer. Ele não ia estar ali connosco. Só nos podia ver dali a muitos dias e eu não sabia com ia aguentar as saudades.
Os dias seguintes no hospital foram calmos, muito calmos mesmo. Tive várias horas sozinha com a Mafalda e aproveitei todos esses momentos da melhor maneira. Cheirei-a e beijei-a vezes sem conta. Dei-lhe todo o colo que ela precisava e fiquei longos momentos sentada com ela sobre o meu peito a contemplar o mar e o céu!
Todos no hospital conheciam a minha história e também por isso fui muito mimada!
Falava com o Manel ao telefone, enquanto a Mafalda dormia, tentando ser a mais forte possível.
O dia do regresso a casa
O dia da alta foi, sem dúvida, o que mais me custou.
Ia sair daquele sonho estranho que estava a viver para voltar à dura realidade de regressar a casa dos meus pais, mas só eu e a Mafalda, porque o meu marido ia ter que ir com o Manel para Braga. Os 2 sozinhos, sem nada em casa, sem nós!
Chorei até chegar. Tinha um nó na garganta que não me deixava respirar. Porquê? Porque é que não podíamos finalmente ter a família completa? Porque é que o meu marido não podia estar a aproveitar aqueles momentos tão únicos? Sabia que o Manel estava cheio de saudades minhas. Sentia-me triste e revoltada mas depois olhava para a minha bebé, tão fofa e perfeita, e tudo passava. Sabia que ela não merecia ter a mãe triste mas às vezes não conseguia mesmo evitar (malditas hormonas!)
Ele, guerreiro como é, ficou bom rápido e ao fim de 2 dias em Braga, já sem febre, teve autorização da médica para vir ter connosco. Era sábado de manhã e liguei-lhes bem cedo a dizer que a “mana tinha nascido”, que já podiam vir. Eles voaram para junto de nós… nem roupa para trocarem trouxeram!
Tocaram à campainha e eu fui ao encontro deles. O Manel entrou a correr, nervoso, olhou imediatamente para a minha barriga e exclamou “Nasceu mesmo, onde é que ela está?”, entramos e foi a emoção total! O Manel recebeu os presentes que a mana trouxe, pegou-lhe ao colo, eu dei-lhe milhões de beijinhos e abraços e ficamos os 4, finalmente juntos… em família!
Nessa noite, fui adormecer o Manel e abrimos os nossos corações e falamos das saudades que tínhamos tido. Choramos… mas desta vez de alegria… muita alegria mesmo!
Parabéns minha linda filha! Já tens um ano. Preenches a nossa vida com o teu sorriso e bom humor! Amo-te muito 😉
adorei o post!!
beijinhos
|último post|
https://eyeelement.blogspot.pt/2018/04/6-habitos-que-vao-mudar-tua-vida.html
Parabéns Marta, pela tua menina e pelo post. Estamos crescidas, não é? Até custa pensar que já fomos miúdas e “crescemos” juntas, e agora estamos a cumprir o papel de mães… Beijinho
Parabéns pela menina linda! É uma história que demonstra resiliência especialmente face aos sinais de perigo do 2º trimestre, mas ainda bem que correu tudo pelo melhor! Que cresça forte e sorridente ^^,
Miss DeBlogger
Obrigada Diana!
Bjinhos 😉
Olá Alexandra! Obrigada 😉
É mesmo isso… estamos crescidas mas olho para nós e sinto-me tão igual ao que éramos, com mais responsabilidade é certo mas tão na mesma 😉 Adoro o papel de mãe. Desde a gravidez até vê-los crescer e conquistar o mundo!
Parabéns pela tua coragem… 4?!?! Eu gostava mas já não vou a tempo!!!!
Bjinhos grandes e tudo de bom para vocês!
Olá!
Muito obrigada! Sim.. tive mesmo que ouvir o meu corpo (e a minha bebé) e tomar uma decisão difícil. O importante é que tudo correu bem e está linda e fofa 😉
Obrigada e bjinhos
Tão bom! :')
Um episódio difícil mas que no fim compôs-se com muito amor!
Parabéns e muitas felicidades!
Bjinhos!
http://ummaisum-três.blogspot.pt
Uma história comovente do inicio ao fim. É tão importante sabermos parar nestas alturas e tomar aquela decisão que nos parece mais acertada.
Muitas felicidades para a tua familia!
Apesar de tudo o que importa é que acabou tudo em bem, e que familia mais bonita e harmoniosa <3
https://omundodajesse.blogspot.pt/
Sem dúvida!! Muito amor mesmo 😉
Muito obrigada.
Bjinhos
Obrigada Marta! Por vezes tem mesmo que ser e temos que ouvir o nosso coração… normalmente ele acerta 😉
Bjinhos e tudo de bom para ti também!!
Olá Jéssica!
Sim.. custou mas acabou tudo muito bem e com muita felicidade 😉
Obrigada pelas palavras bonitas!
Bjinhos
Congratulations for cute girl dear best wishes for you & your family..
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Parabéns pelo aniversário da princesa.
Guarde bem esta história para um dia poder contar à Mafalda, ela irá sorrir, e bem mais tarde vai entender o que é uma familia cheia de amor.
As maiores felicidades ao quarteto.
Um xi-coração
Passa rápido né? Que fofo!
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Hi Sophi,
Thank you very much!!
Olá Isabel!!
Obrigada! Sim… mal eles cresçam um bocado esta história irá ser-lhes contada com certeza!!!
Obrigada por todo o carinho 😉
Bjinhos
Olá!
É mesmo Cecília!
Obrigada e bjinhos